
Angústia
Djalma Andrade
O meu filho, que é doce, que é inocente,
Quando comigo sai, luz que fascina,
Põe seus claros pezinhos, brandamente,
Nas marcas dos meus pés, na areia fina.
Ele segue-me os passos inconsciente,
Mas uma estranha angústia me domina,
E calcando os meus pés mas firmemente
Meu coração, aos poucos, se ilumina.
Sem saber, tu me obrigas, filho amado,
A procurar a rota mais segura,
A ter firmeza em cada passo dado...
Nunca dirás - que horror n’alma me vai!
- Que te perdeste numa estrada escura
por seguires os passos de teu pai!