terça-feira, julho 08, 2008
"Glorificai a Deus... mas sem deixar de falar no Diabo"
Desde os tempos mais remotos o ser humano sempre se esquivou da culpa. Sempre que algo dá errado, é comum ouvirmos as mais variadas e absurdas justificativas. O aluno que reprova culpa o professor; o time que perde culpa o árbitro; para um atraso culpa-se o trânsito.
A grande verdade é que a humanidade tem por costume o uso de "muletas". São nelas que nos apoiamos para justificar nossas falhas, nossos limites e nossas imperfeições.
Uma muleta utilizada em grande escala escolheu para Cristo justamente o Diabo. Pobre coitado. É nele que recai toda a culpa pelos atos mais desumanos e mais mesquinhos praticados mundo afora.
Uma nação levantou-se em guerra contra a outra? A culpa é do diabo. O marido (ou a mulher) traiu a sua companheira (ou o seu companheiro)? A culpa é do diabo. Alguém cometeu um ato insano? A culpa é do diabo.
Ou seja, eleva-se o diabo a um poder incontestável - aparentemente maior que até mesmo o de Deus. Se não fosse o diabo, todas as mazelas humanas desapareceriam. Se não fosse o diabo, o mundo seria justo e viveríamos como irmãos.
Prefiro colocar o diabo numa categoria de vítima. Deve estar lá, no seu canto. Pode até ser que ele provoque. Mas o ato quem comete, somos nós.
Afinal, qual seria o mérito de uma vitória, se as coisas fossem fáceis. É justamente nos momentos difíceis que demonstramos nossa fé, nosso moral e nossa força.
É a ausência de Deus - e não a presença do diabo - que nos faz seres mesquinhos e imperfeitos.
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