
É óbvio que 'educação é a solução' para uma grande parte dos problemas brasileiros. Que o digam países como a Coréia do Sul, por exemplo. Neste país, em praticamente uma geração, a taxa de analfabetismo foi reduzida a índices baixíssimos, acarretando o crescimento e melhora em outras áreas: emprego, renda, saúde. Lógico, pois a educação melhora o mercado de trabalho, injeta mão-de-obra qualificada, cria cidadãos responsáveis e conscientes de seus direitos e deveres perante a sociedade.
Particularmente, penso que estamos longe deste maravilhoso crescimento no Brasil. Não temos maturidade cultural e política para tamanha revolução. Vivemos no país do 'jeitinho', do faz-de-conta, do enriquecimento ilícito.
A opinião pública vez ou outra repudia os casos de corrupção na política, porém as coisas sempre ficam nisso. Arrisco-me a dizer que a população é, no fundo, conivente com a corrupção que assola as esferas políticas brasileiras. Se você acha que estou dizendo algum absurdo, olhe à sua volta: no seu trabalho, na escola de seus filhos, nos seus momentos de lazer, no trânsito, na comunidade em geral, em todo o canto para onde olhamos, deparamo-nos com o jeitinho brasileiro. Basta a situação permitir, que lá tem mais um brasileiro quebrando as regras. Já diz o ditado: 'a ocasião faz o ladrão'. Há um número incontável de barbaridades sendo cometidas diariamente, aos olhos de quem quiser ver.
Talvez por este motivo as coisas aconteçam livremente no Brasil, sem que culpados sejam punidos e dando-nos a impressão de que a justiça é falha, lenta e só julga os inocentes.
Hoje, navegando pela internet, tive acesso a mais um retrato da realidade brasileira, no que tange à educação e à cultura. Segundo reportagem publicada no Jornal do Commércio do dia 09 de setembro, em julho o brasileiro gastou mais com jogos de azar, cigarro e cabeleireiros do que com educação e cultura.
Segundo Jornal do Commercio:
Em outro ponto da reportagem em questão, Jornal do Commercio cita o seguinte caso:
Infelizmente, este é o retrato de nosso país.
Esse é um dos motivos que me fazem acreditar que o voto deveria ser facultativo. Não consigo acreditar que uma pessoa sem educação e cultura seja capaz de eleger políticos honestos e comprometidos com os problemas da nação brasileira. Isso não é preconceito de minha parte, mas a triste conclusão a que chego quando vejo pessoas com pouca instrução vendendo seus votos por pequenos favores, como dentaduras e alguns reais no bolso.
Será que um dia teremos o prazer de ler uma reportagem que informe que o povo brasileiro investiu em educação um valor igual à soma de todos os outros gastos?
(Clique aqui para ler a reportagem citada. Exclusivo para assinantes do Jornal do Commercio ou do UOL)
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