segunda-feira, agosto 28, 2006

Utilidade Pública


Situação 1: Quinta-feira passada fui cortar meus longos cabelos, pois a situação estava um tanto crítica. Enquanto era tosado pela cabeleireira, rolava aquele papo de salão, falando-se de tudo um pouco.
A certa altura da conversa, a cabeleireira lançou uma pergunta a este que escreve: "Diga-me, nobre amigo, como faço para anular meu voto?".

Situação 2: Estava eu navegando na internet durante o sábado, quando resolvi entrar na página do Ibope, a fim de verificar as últimas pesquisas de intenção de voto.
Segundo a pesquisa em questão, 18% dos eleitores pretendem anular o voto para deputado federal. A reportagem fazia uma ressalva, dizendo que a maioria dos eleitores não sabe como anular o voto. O motivo deste desconhecimento deve-se, sobretudo, ao fato de que o TSE não informa aos eleitores como se anula o voto.

Pois bem. Como este blog é, acima de tudo, um poderoso veículo de informação, cultura e entretenimento, resolvi sanar a dúvida dos inúmeros visitantes que recebo diariamente.
Para anular seu voto, basta seguir a seguinte receita:
1 - Ao aparecer a tela solicitando a digitação do número do candidato/partido, digite "99" ( ou qualquer outro número que não tenha nenhum candidato/partido atrelado. O 99 é garantido ).
2 - Pressione a tecla Confirma ( verde ).

Pronto, você acabou de anular o seu voto!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Tem coisas que eu não entendo


Ontem saiu a nova pesquisa Datafolha de intenção de voto para a presidência da República.
Eu estava imaginando que o Lula cairia nesta pesquisa, graças ao início da propaganda política.

Fiquei perplexo ao ver o resultado: ele continua vencendo no primeiro turno, inclusive subiu alguns pontos. Além disso, a avaliação do seu governo de ótimo/bom subiu para 52%. Um absurdo.

No dia-a-dia, conversando com as pessoas, vejo que pelo menos 90% daqueles que votaram no Lula nas últimas eleições estão desiludidos, e afirmam que não votarão nele novamente.
Eu mesmo votei nele. Minha esposa, meus amigos, meus familiares...

O que me deixa encucado é: se tanta gente que votou nele em 2002 não votará agora, de onde estão vindo os votos que ele continua ganhando a cada nova pesquisa?

segunda-feira, agosto 21, 2006

Pegadas...


Se fosse preciso definir a vida através de uma metáfora, eu diria que viver é como caminhar por uma grande praia.

Há momentos em que caminhamos a sós. Em outros, amigos e familiares nos acompanham. Há aqueles em que a praia está repleta de pessoas, porém sentimo-nos mais solitários do que nunca.
E, por vezes, a areia fica mais espessa, mais pesada, e o ato de caminhar torna-se muito mais penoso.
Vêm as noites, caem as chuvas, sopram os ventos, brilha o sol... Tudo pode acontecer ao longo do trajeto.

E o destino, o que nos reserva? Não sabemos...

Cabe-nos, simplesmente, continuar caminhando em frente.
É certo, todavia, que o momento da chegada dependerá única e exclusivamente do ritmo da nossa marcha - e da quantidade de passos certos que dermos.
Alguns passos, indecisos, empreendemos próximo ao mar; assim, caso tenhamos algum problema por ter dado tais passos, a maré fará a sua parte e apagará estes passos da nossa história.
Outros passos, mais determinados, empreendemos na areia molhada - porém longe do mar - para que tais passos fiquem para sempre marcados e nem mesmo as marés possam apagá-los de nossas recordações.

E ao sentir o cansaço desta caminhada interminável, o que nos mantêm firmes e dispostos a prosseguir, é o fato de olharmos para trás e percebermos quantos passos já demos, perdendo-se de vista além do horizonte.

sábado, agosto 19, 2006

Ciao Nonno, sono affamato!


Era fim de tarde de quinta-feira. A fome apertava, então resolvi enviar um torpedo para o celular de minha mulher, fazendo um convite. Ela aceitou de pronto, e estava combinado: íamos jantar fora.

Escolhi um restaurante italiano, bem conhecido e bastante freqüentado. Muito bom, diga-se de passagem.
Chegamos lá por volta das 19:30. Ao entrar já notei algo de diferente. Antes, eram garçons, homens. Desta vez, mulheres.

E desce a bóia!

Ao começar o 'rodízio', meu desconforto começou. Primeiro, pelos garçons e garçonetes parados a poucos metros da mesa, que não tiravam os olhos. Se tem uma coisa que me deixa pouco à vontade é gente me olhando enquanto como.

A mesa, outrora farta, foi sendo preenchida por pequenos pratos - que podemos chamar de 'pires' - com os acompanhamentos. 'Deve ser impressão minha' - pensei.
E vieram as massas... em pratos minúsculos, sendo servidas com colheres de sobremesa (porque aquilo não era colher de sopa nem na China!).
A situação foi ficando cômica.

O garçom aproximou-se de minha esposa:
- A senhora aceita beringelas bipolarizadas com cobertura de homocinéticas rebimbocadas da parafuseta?
Caramba... que prato exótico...
- Não, obrigada!
Minutos depois, volta o garçom:
- A senhora aceita Penne ao molho Funghi?
- Sim, por favor!
E o garçom - habilidoso como um elefante em loja de cristais - serviu à minha esposa uma copiosa porção de penne: três pennes! Sim, três unidades!
A certa altura, volta o garçom:
- O senhor aceita nhoque frito com molho de ó do borogodó?
- Por gentileza, moço!
E o fulano coloca em meu prato dois nhoques! Eu falei DOIS NHO-QUES!
Aquilo virou motivo de piada. Eu não podia sequer rir muito alto, pois tinha uma moça (daquelas que a função é ficar de pé te olhando pra te deixar sem jeito e comer menos) que não tirava os olhos de mim. Se eu respirasse fundo, vinha a tal moça perguntar se queríamos mais uma porção de arroz, de polenta frita ou um suco de frutas silvestres das savanas africanas...

Minha fome ficou com vergonha e foi embora. Eu e minha esposa aproveitamos a carona e fomos também.
Para acabar com aquela noite insólita, parei em uma panificadora e comprei dois sorvetes, para dar uma forrada no estômago.
Como bem lembrou minha esposa: 'se a comida foi aquele fiasco, não valia a pena esperar para comprovar a sobremesa!'.

domingo, agosto 13, 2006

Filosofia de privada


Sábado retrasado fui almoçar com minha esposa em um restaurante anexo a um supermercado. Chegamos lá por volta das 14 horas, acompanhados da minha cunhada.
No cardápio oferecido pelo estabelecimento em questão, havia um prato à base de frutos do mar. Como adoro frutos do mar, servi-me de modesta porção da citada iguaria.

Durante a madrugada de sábado para domingo, fui acordado por uma estranha dor no abdômen. Aquela dor veio sorrateira, porém aos poucos foi acentuando-se, juntamente ao meu desespero. Não tive escolha, a não ser correr em direção ao toalete.
Lá chegando e, devidamente acomodado, fiquei divagando acerca do sentido da vida, da morte, das mazelas humanas e dos segredos da minha profissão. Após alguns momentos de pura filosofia o serviço estava concluído.
Respirei aliviado, pensando que finalmente poderia voltar à minha quente e aconchegante cama. Pobre coitado.
Deitei-me novamente, arrumando o travesseiro para deixá-lo bem confortável. Ao recostar a cabeça, novamente aquela dor marcou presença. Não tive escolha: voltei ao trono.
Após mais uma série de divagações, fui à cozinha buscar um frasco de "Bom Ar", para dar uma aliviada na densa atmosfera que se instaurou no lavatório de meu lar. Após algumas 'rajadas' do spray, voltei ao meu leito.
Eis que, ao chegar, minha esposa, meio confusa, atordoada e sobressaltada, corre em direção ao banheiro, acusando severa dor abdominal.
E assim transcorreu aquela agitada e nem um pouco divertida madrugada: eu e minha mulher revezando o trono.

Amanhecido o dia, minha esposa sugeriu que ligássemos para uma farmácia, a fim de pedirmos um remédio que cortasse aquele mal. Lembrei-me que certa vez utilizei um medicamento à base de carvão ativado, que foi muito eficiente para a contenção da enxurrada digestiva. Minha esposa, no entanto, não teve boa aceitação a tal medicamento. Desta forma, ela lembrou que sua mãe lhe deu, quando pequena, um remédio que lhe foi muito útil.

Seguindo as instruções de minha esposa, liguei para a referida farmácia:
- Alô, boa tarde, é da farmácia? Será que a senhora poderia enviar-me um vidro de leite de magnésia, por favor?
Alguns minutos depois, tocaram o interfone, anunciando a chegada do anjo salvador de nossas pobres almas.
Ao receber o medicamento e ler o rótulo, fiquei bastante assustado, ao deparar-me com o seguinte trecho:

'... duas colheres de sopa para efeito laxativo...'

É óbvio que não tomei o tal medicamento, tampouco minha esposa. Se tivéssemos tomado, é bem provável que eu não estaria aqui para contar esta história.
Depois de alguns dias desfizemos o mal entendido: minha esposa tinha esquecido o nome do medicamento, e por algum motivo que eu desconheço, pensou no leite de magnésia.

Com o susto levado ao ler o rótulo, não precisei de mais nenhum remédio para conter o meu desenfreado fluxo digestivo...
Descobri que, para diarréia, um bom susto é um santo remédio!

quinta-feira, agosto 10, 2006

Fast Food


Os tempos modernos trouxeram avanço, velocidade e dinamismo às nossas vidas.
Todavia, com os avanços, vieram também os problemas, o stress, a correria.
Para aqueles que não têm tempo sequer para a alimentação, foram criados mais variados tipos de pratos rápidos, também chamados de fast food.
Espantosamente, as coisas estão chegando a um nível nunca antes imaginado...

segunda-feira, agosto 07, 2006

Hipocrisia


Cumprindo as promessas realizadas dias atrás, o PCC retomou a onda de ataques nesta madrugada, em São Paulo.
Os líderes da facção haviam prometido os ataques para o dia dos pais e, ao que tudo indica, resolveram antecipar um pouco.
Entra ano, sai ano, e a situação penal no Brasil continua uma vergonha. Vivemos em uma sociedade recheada de hipocrisia, que insiste em tratar criminosos como vítimas de uma 'sociedade injusta'.
Segundo pesquisa divulgada dias atrás, cada preso custa ao Estado aproximadamente R$ 1.200,00. É um belo 'salário', considerando-se a situação da maioria da população brasileira, que vive em barracos e 'mata a fome' com o 'bolsa-esmola' oferecido pelo governo.
E para variar um pouco, para financiar e alimentar este bando de criminosos, corruptos e outros tantos adjetivos, a conta continua vindo para os babacas trabalhadores e pagadores de impostos...

quinta-feira, agosto 03, 2006

Reeleição


Uma comissão especial aprovou o fim da reeleição para o executivo a partir de 2010. Isto quer dizer que prefeitos, governadores e o presidente da república não poderão concorrer à reeleição. Caso queiram, poderão concorrer novamente após quatro anos.
Agora a proposta precisa passar pela aprovação do Senado e da Câmara, o que deve ocorrer apenas no ano que vem.

Mas cá entre nós, bem que isso podia valer já nesse ano, não é? Aí estaríamos livres da ameaça Lulista!

terça-feira, agosto 01, 2006

Devaneios, conjeturas e elucubrações


Se a TEOcracia é o governo comandado pela classe sacerdotal (ou 'ministros de Deus');
Seria a DEMOcracia o governo comandado pelos enviados do capeta?

Caramba... certas coisas começam a fazer sentido.